Antes de qualquer coisa precisamos deixar bem claro que o diagnóstico definitivo de neoplasia intestinal se faz somente pela biópsia, seja por aspiração (análise citológica) ou seja por fragmento (análise histológica).
Então como a ultrassonografia pode auxiliar no diagnóstico deste tipo de lesão? Durante o exame abdominal convencional a avaliação do trato gastrintestinal pelo ultrassonografista inclui observar o padrão em camadas (visibilizado na imagem sonográfica de alta definição) e a espessura da parede do segmento em questão a ser avaliado.
O espessamento focal da parede é o sinal mais comum de alteração do trato gastrointestinal. Mas este sinal não é exclusivo de um único processo patológico, porque pode estar relacionado a alterações inflamatórias e neoplásicas.
No caso das suspeitas de neoplasia intestinal o ultrassonografista poderá encontrar mais frequentemente:
– espessamento focal ao redor do lúmen, embora há neoplasias que possam ocasionar lesão difusa da parede (como por exemplo nos linfomas difusos e no sarcoma histiocítico
– perda da diferenciação em camadas (este sinal de imagem é o principal para ser considerado o diagnóstico de neoplasia como diferencial).
Abaixo veja um exemplo de imagem de neoplasia intestinal detectado ao exame ultrassonográfico. Podemos observar o espessamento focal e a perda do padrão em camadas deste segmento alterado.
E concluindo, não devemos esquecer:
- as neoplasias podem estar associadas a sinais de peritonite focal;
- podem ocasionar processos obstrutivos por efeito mecânico do crescimento da massa;
- podem ocasionar aderências, devido a inflamação e peritonite associada
- não é possível diferenciar os tipos de neoplasia através da imagem ultrassonográfica!
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