O aspecto ultrassonográfico da pancreatite aguda depende da gravidade das lesões. Normalmente o parênquima se torna hipoecogênico, aumentado de tamanho e é possível observar o aumento da ecogenicidade do mesentério adjacente (esteatite focal). Nos gatos esse sinal é bem menos evidente ou, muitas vezes ausente. Pode haver espessamento de paredes gástrica e, principalmente, duodenal.
Já na pancreatite crônica o parênquima pancreático geralmente apresenta aumento de ecogenicidade e ecotextura grosseira ou heterogênea. Seu tamanho pode estar diminuído ou normal. Focos ou estrias hiperecogênicas (mineralizações/fibroses) e lobulação dos contornos podem ser observados, assim como cavitações, pseudocistos ou nódulos. Os felinos podem apresentar ainda, aumento difuso de ecogenicidade do parênquima associado à dilatação do ducto pancreático acima de 0,13 cm.
Na pancreatite crônica agudizada encontramos um pâncreas com parênquima de características sonográficas crônicas, porém com esteatite focal adjacente.
Imagem: Cibele Carvalho. A e D pancreatite aguda, C e D pancreatite crônica agudizada.
Imagem: Cibele Carvalho. Esquerda: pancreatite crônica; direita: pancreatite crônica agudizada.
Resuminho:
AGUDA:
• Tamanho normal ou aumentado;
• Ecogenicidade geralmente diminuída;
• Presença de esteatite focal adjacente.
CRÔNICA:
• Tamanho normal, aumentado ou diminuído;
• Ecogenicidade variável;
• Heterogêneo ou grosseiro;
• Pontos/estrias hiperecogênicas ao longo do parênquima que pode indicar fibrose;
• Superfície irregular;
• Presença de nódulos ou cistos.