A obesidade é uma doença endêmica que vem aumentando sua ocorrência nas espécies animais de estimação. Junto com esta condição outras alterações no metabolismo da gordura e glicogênio estão relacionadas a afecções que envolvem principalmente o fígado, a vesícula biliar, pâncreas, adrenais e glândula tireoide. A ultrassonografia é o método de imagem de eleição para complementar o diagnóstico clínico das doenças que afetam esses órgãos. 

A imagem sonográfica permite avaliar a morfologia e a estrutura de cada órgão auxiliando o médico veterinário a restringir ou descartar as possibilidades diagnósticas diferenciais. Outras técnicas associadas à imagem ultrassonográfica que também podem auxiliar são o Doppler hepático, a elastografia e o contraste por microbolhas. O Doppler hepático auxilia na avaliação da distribuição vascular, ajuda por exemplo, a classificar a gravidade da infiltração gordurosa hepática, a quantificar o impacto hemodinâmico da hepatopatia em questão diagnosticando condições de hipertensão portal subclínicas e, além disso pode verificar a viabilidade de eventuais procedimentos intervencionistas (como biópsia por fragmento ou incisional). A elastografia consiste em um software capaz de fornecer informações relativas à dureza do tecido, portanto pode auxiliar o clínico na quantificação da fibrose em processos mais crônicos. E por fim, o uso do contraste por microbolhas na avaliação de nódulos hepáticos auxilia na diferenciação de lesões benignas e malignas de maneira não invasiva e rápida.

 Imagem: fígado com aumento difuso de ecogenicidade.

Algumas raças (por exemplo Labrador, Dalmata, Maltês, West Highland terrier, Scottish Terrier, Spaniels, Doberman, Cairn Terrier) podem apresentar distúrbios metabólicos hepáticos congênitos que levem a aumento da deposição de gordura ou de glicogênio que ao exame ultrassonográfico se traduz em imagem de um fígado brilhante, ou imagem que costumamos chamar de doença hepática gordurosa. No entanto, alguns outros distúrbios endócrinos adquiridos relacionados às glândulas tireoide e adrenais também podem levar a imagens semelhantes.

Imagem: adrenal com hiperplasia.

O ultrassonografista precisa do conhecimento básico dessas afecções para auxiliar o clínico correlacionando os achados de imagem a estas diversas condições patológicas. Na nossa escola NAUS (Núcleo de aperfeiçoamento em ultrassonografia) buscamos o aprimoramento e atualização constante, portanto, se você trabalha na área saiba que temos os recursos para sua atualização através de cursos on-line (para atualizar seu conhecimento: US GERIÁTRICA e US NAS ENDOCRINOPATIAS) e presenciais (para aprimorar sua técnica: US SMALL I e US PESCOÇO).

Sob o estigma de “gordinho” o pet pode esconder questões metabólicas importantes que com o exame ultrassonográfico de rotina (abdominal e de pescoço) podem ser diagnosticadas de maneira precoce e, portanto, apresentarem melhor prognóstico e tratamento adequado.

E se você é responsável por um pet, procure seu veterinário de confiança e agende regularmente um check up (exame clínico com seu médico de confiança, os exames laboratoriais e de imagem solicitados por ele) para garantir a saúde de seu pet. Aqui em nossa NAUS, temos o serviço de rotina em ultrassonografia e realizamos diariamente todos os tipos de exame ultrassonográfico com os melhores profissionais do Brasil para garantir os resultados de excelência que nossos irmãos menores merecem.