Personalizar preferências de consentimento

Utilizamos cookies para ajudar você a navegar com eficiência e executar certas funções. Você encontrará informações detalhadas sobre todos os cookies sob cada categoria de consentimento abaixo.

Os cookies que são classificados com a marcação “Necessário” são armazenados em seu navegador, pois são essenciais para possibilitar o uso de funcionalidades básicas do site.... 

Sempre ativo

Os cookies necessários são cruciais para as funções básicas do site e o site não funcionará como pretendido sem eles. Esses cookies não armazenam nenhum dado pessoalmente identificável.

Bem, cookies para exibir.

Cookies funcionais ajudam a executar certas funcionalidades, como compartilhar o conteúdo do site em plataformas de mídia social, coletar feedbacks e outros recursos de terceiros.

Bem, cookies para exibir.

Cookies analíticos são usados para entender como os visitantes interagem com o site. Esses cookies ajudam a fornecer informações sobre métricas o número de visitantes, taxa de rejeição, fonte de tráfego, etc.

Bem, cookies para exibir.

Os cookies de desempenho são usados para entender e analisar os principais índices de desempenho do site, o que ajuda a oferecer uma melhor experiência do usuário para os visitantes.

Bem, cookies para exibir.

Os cookies de anúncios são usados para entregar aos visitantes anúncios personalizados com base nas páginas que visitaram antes e analisar a eficácia da campanha publicitária.

Bem, cookies para exibir.

Fazer US em coelhos é a mesma coisa que fazer em pequenos animais?

A resposta é não. É muito comum as pessoas acharem que pelo porte do animal, a ultrassonografia em coelhos é “fácil” e parecida com pequenos animais quando na verdade não é. Os coelhos possuem anatomia e fisiologia muito específicas, são animais estritamente herbívoros e possuem o trato gastrointestinal muito mais complexo do que outras espécies. 

Para a realização de um bom exame ultrassonográfico faz-se necessário conhecer muito bem essas particularidades para que não ocorram erros básicos de diagnóstico.

Imagem: Apêndice vermiforme. Arquivo pessoal.

O TGI do coelho pode não somente atrapalhar a realização do exame ultrassonográfico pelo tamanho e aspecto das alças, como também pode confundir e induzir ao erro. 

Uma das primeiras coisas a se considerar é o fato de que eles apresentam alterações gastrointestinais secundárias a diversos outros fatores como: estresse, dor, desconforto, distúrbios reprodutivos, etc. Isso quer dizer que sempre que um coelho chegar para avaliação ultrassonográfica com queixa de alteração em TGI, na maioria das vezes ele terá alguma causa primária a ser elucidada. É muito comum por exemplo pacientes com obstrução de ureter ou cálculos renais, grande quantidade de sedimento em urina e fêmeas com alterações uterinas apresentarem mudanças na microbiota intestinal ao ponto de terem hipomotilidade, fermentação gástrica, gastroenterite e obstruções por tricobezoar. 

É aí que ressalta-se um outro ponto muito importante: as obstruções e as alterações gastrointestinais também não são parecidas com pequenos animais. As principais diferenças são:

1. O principal ponto de obstrução em coelhos é o piloro; É imprescindível saber avaliar o piloro adequadamente quanto à espessura e ecogenicidade da parede e o conteúdo luminal.

Imagem: Piloro de coelho. Arquivo pessoal.

  1. Quando há obstrução em piloro, o intestino delgado costuma ficar com grande quantidade de conteúdo luminal líquido, o que faz com que sejamos tendenciosos a pensar que o ponto de obstrução é posterior ao líquido, ou seja, em final de intestino delgado ou em intestino grosso. Isso ocorre porque o ceco do coelho é muito desenvolvido e está sempre cheio de conteúdo fibroso. Enquanto o piloro só permite a passagem de conteúdo líquido, o ceco com conteúdo denso diminui a velocidade de passagem desse líquido, fazendo com que ele fique parcialmente restrito em intestino delgado.
  2. Existem dois segmentos intestinais muito importantes para avaliar que são o sacculus rotundos (nome dado a junção íleocecocolica dos coelhos) e o apêndice vermiforme (apêndice cecal, em formato alongado, altamente susceptível a processos inflamatórios/ infecciosos graves).

Imagem: Sacculus rotundos. Arquivo pessoal.

  1. O cólon ascendente dos coelhos tem como característica um forte ligamento longitudinal que mantém o segmento anatomicamente plissado, o qual apresenta no ultrassom um aspecto semelhante à imagem de corpo estranho linear em pequenos animais.

Imagem: Cólon ascendente de coelho. Arquivo pessoal.

Estes são alguns dos principais motivos da necessidade de se conhecer muito bem a espécie em que iremos avaliar, pois por maior que seja a experiência do ultrassonografista em pequenos animais, ainda assim pode estar sujeito a cometer erros no exame ultrassonográfico destes animais. Caso você tenha interesse em aprender mais sobre ultrassonografia de coelhos e de pets não convencionais, nossa escola dispõe de um curso presencial com aulas teóricas e práticas, consultoria e treinamento na área.